Isto não é uma sinopse do livro acima, aliás eu nunca cheguei a ler este livro ... conto porquê.
Tudo começou em uma noite mais clara daquele ano, um ano qualquer que hoje não importa, céu limpo, noite fria, caminhando pelo Parque Ibirapuera.
Ele um jovem rapaz, tímido, voz doce, olhos caidinhos mais lindo que eu já vira, carrega a doce inocência do amor e cheio de planos.
Ela uma mulher feita, sua feição carregava segurança e no seu interior o medo igual de uma criança, já tinha sofrido duros golpes na vida, mas ansiava sonhar.
Como o destino preparou que eles se encontrassem só Deus explica, como foram parar em um encontro, ninguém explica, aliás explicam sim, todos deram um furo, porque viram que neles Ele e Ela tinham algo em comum tinham que deixar eles sozinhos.
Caminhavam como se tivessem a mesma idade, ele com o seu casaco de moletom, seu jeans, tênis passado e segurando o capacete de sua moto, ela, estava com belos saltos altos, tinha acabado de sair do trabalho, andava pelo Parque todo ao lado dele, ela nem sentia dores nos pés, ele nem vira a hora passar.
Conversavam de tudo, da infância, dos projetos à realização. Ela se encantava com ele minuto a minuto, ele ganhava admiração pela mulher que estava ao lado dele.
Mundos diferentes, pensamentos diferentes, mas se encontravam de uma tal forma, que não sabiam o que fazer, a diferença de idade entre eles era considerável. Mas como esse menino tem maturidade - pensava ela ao caminhar ao lado dele na noite fria.
Eles viveram uma grande paixão, cada beijo o coração dela estremecia. Ele? Ah! Como ele gostava de tocar nos cabelos dela, quando se beijam não tinha lugar, não tinha hora ... só acontecia.
Andavam de moto em plena Avenida Paulista, era um momento surreal para ela, que tinha andado de moto apenas em sua adolescência, ele pedia que ela agarrasse bem a sua cintura e não tivesse medo, ela sentia o vento gelado bater em seu rosto e admirava a Avenida em pleno céu aberto, naquela noite, olhava as luzes dos prédios, dos poucos movimentos dos carros naquela hora. Ele sentia-se feliz, simplesmente por ela estar ao lado dele.
Ela oferecia experiência de vida ... Ele oferecia a vida para ela ...
Ele sempre presente na vida dela não deixava ela por nada. Ela passou a viver para ele.
No dia do seu aniversário, ela ganhou um embrulho lindo, cheio de laços, e ele pediu para que ela abrisse apenas quando chegasse em sua casa e antes de dormir. Assim que ele deixou-a no prédio, ela pulou de sua moto, entrou no elevador, pediu desculpas silenciosamente para ele mentalmente já com remorso, abriu o embrulho que ele tinha feito carinhosamente para ela. Quando ela abriu um livro chamado: Desculpa se te chamo de amor.
Ela pensou: Desculpas? Porque? Eles já estavam nas palavras japonesas: Aishite Matsu (amo você) que ela ensinará para ele. E ele pediu que ela lesse até o final que seria o final dos dois. Como seria um bom final se o título começa com: Desculpas? - pensou ela com o seu cabeção.
Passaram-se apenas alguns dias, ela pensou que não seria feliz no futuro com esse confronto de famílias e idades deles, por medo, aquele medo de criança voltou a martelar no coração dela. Impulsiva, ela pediu que ele saísse de sua vida.
Ele chorou naquele dia, não entendia porque ela estava querendo ele fora de sua vida. Foi uma despedida que tinha mudado por completo a vida dos dois.
Ela não derrubou uma lágrima e pensou que seria melhor não cair na frente dele, ela pensou como iria viver sem aquele sorriso doce em sua vida.
Quando ele mudou-se de emprego, mudou de tudo, afinal ele fora viver em um lugar distante, para tentar esquecê-la, o sofrimento dele por ela foi o sucesso profissional dele naquele ano, que se entregou aos estudos do seu tão sonhado emprego.
Depois de um ano, ela resolveu ler a sinopse do livro, em resumo: Havia um homem mais velho e uma jovem mulher que se apaixonavam e no final, apenas se casavam.
Ela jamais encontrou um homem como aquele jovem rapaz que a amava com uma incrível doçura e apenas do jeito dele.
A moral dessa história catastrófica?
Quando começar um livro, leia até o final, sem pressa, saboreie cada palavra, cada frase, cada sensação.
Nunca sabemos o final da história se não passarmos a vivê-la.
Dê valor para quem sempre esteve ao seu lado.
Dizem que palavras não contam muito, mentira! Quem disse isso foi um surdo que não pode ouvir o efeito sonoro da palavra Amo Você - Aishite Matsu.
Atitudes contam muito, sim! Apenas se são acompanhadas de palavras também, porque até então ninguém lê os pensamentos de ninguém.
Por isso que digo muito Aishite Matsu, nunca sabemos quando serão as nossas últimas palavras!!!
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